sábado, 18 de abril de 2009

Canto a lua


Sozinho
seguindo meu caminho
que cravei de espinhos, espinho que eu plantei
noite
é sempre tão fria, solitária e distante, a lua não saiu
a vida
tão perdida e vazia, como é que seria, se pode se sair
voar
por terras distantes muito alem dos montes quem sabe ver o mar
mergulhar na imaginação profunda, onde a felicidade inunda e apaga a dor
sair
por ai sem ter Mendo, sem dever nem cobrar, só sair sem voltar
voltar
a vida sofrida, que por deus é querida e dizem me fazer melhor
voar
por alem das montanhas de trabalho e dor de vergonha e do amor, que nunca me respondeu
sair
desse corpo decrepito gordo e fedido, que me obrigaram habitar
voar, muito alem das estrelas que nessa noite não vieram, para me ver chorar
tão grande e forte parece, mais como menino desvaneço na rotina cruel
gritar
mais e mais e além, não me resta aquém eu possa clamar
sozinho
percorrendo o caminho, que cravei de espinhos para me acoitar
sozinho
me sentindo pequeno sem forças tremendo de medo a chorar
cansei
de tudo um pouco, por ter tão pouco quero nada carregar
cansei
de chorar sozinho, e de quimeras nutrir
esse triste viver.

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